28/05/2007

Metro no Terreiro do Paço

O candidato da CDU às eleições intercalares em Lisboa, Ruben de Carvalho, considerou hoje “um escândalo” o atraso das obras do metro no Terreiro do Paço e criticou o “alheamento” do anterior executivo face à situação.

Ruben de Carvalho lembrou que o ex-presidente da Câmara de Lisboa, Carmona Rodrigues, que também se recandidata às eleições de 15 de Julho, disse que a obra ficaria pronta em 2005. “Dizia o engenheiro Carmona Rodrigues, então Ministro das Obras Públicas, em Julho de 2004, numa visita à obra, que a mesma ficaria pronta no meio de 2005. Passaram dois anos e o trabalho não está concluído”.
Actualmente existe uma passagem pedonal subterrânea e a letra M - símbolo do Metropolitano de Lisboa - está já colocada no exterior da passagem, apesar de a estação não estar ainda em funcionamento. Em Fevereiro, o Ministério das Obras Públicas anunciava, no 'site' oficial, que a construção da extensão do metropolitano entre o Chiado e Santa Apolónia estaria concluída no terceiro trimestre de 2007, assim como o interface do Terreiro do Paço, onde se situam os transportes fluviais para a Margem Sul.
Ruben de Carvalho salientou que “por ter sido ministro” [das Obras Públicas, de Abril de 2003 a Julho de 2004], Carmona Rodrigues “podia ter tido um papel mais diligente e interventivo”. Em declarações aos jornalistas junto ao estaleiro onde decorrem as obras do metro do Terreiro do Paço, Ruben de Carvalho afirmou que, nos últimos seis anos, “houve um alheamento da Câmara Municipal de Lisboa em relação às obras do metro”. “Quem se envolveu na trapalhada do túnel do Marquês e do Parque Mayer tem pouca credibilidade para protestar em problemas como este” por “a autoridade da câmara estar enfraquecida”, afirmou, referindo-se ao ex-presidente da autarquia.
O candidato defendeu que a câmara, apesar de não ter responsabilidade nas obras que são feitas por empresas tuteladas pelo poder central, deve ser “o porta-voz dos problemas de Lisboa”. Ruben de Carvalho defendeu, por outro lado, que o Governo, por tutelar as empresas públicas com obras a decorrer na cidade, deve dialogar mais com a autarquia. “Lisboa tem problemas graves de mobilidade em relação aos quais a capacidade própria da câmara para os resolver é limitada. Insistimos neste aspecto do diálogo entre o Governo e a Câmara” 1.

1. Lusa: 2007-05-28, 14h27

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