25/10/2007

Aquecimento global

Os níveis de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera aumentam a um ritmo muito mais rápido do que indicado nos últimos prognósticos, revela um novo estudo de um grupo internacional de cientistas. Em 2006, as emissões globais de C02 atingiram um volume de 9,9 mil milhões de toneladas, o que representa um aumento de 35% em relação aos níveis de 1990, noticia o diário britânico ‘The Times’.
As conclusões dos cientistas têm fortes implicações para os prognósticos sobre o ritmo de aumento das temperaturas do planeta e significam que o aquecimento global será “mais difícil e mais custoso” de controlar do que se pensava até agora. Estes resultados significam também que a comunidade internacional vai ter de aumentar os esforços na luta contra as alterações climáticas.
No passado mês de Fevereiro, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPPC, organismo das Nações Unidas), previra que as temperaturas no planeta aumentariam até 6,4 graus centígrados nos próximos cem anos. No entanto, os dados obtidos por Corinne le Quéré, cientista da British Antarctic Survey e da Universidade de East Anglia (Reino Unido), podem obrigar o IPCC a rever as suas previsões.
“As diferenças em relação as previsões do IPCC são muito grandes. Os cenários previstos pelo organismo da ONU, por mais sombrios que pareçam, são muito optimistas”, afirmou uma especialista citada pelo ‘The Times’.
Também de acordo com um recente estudo da Universidade de East Anglia, a quantidade de CO2 absorvida pelos oceanos caiu para metade entre meados da década de 1990 e 2005. Apenas metade do C02 liberado na atmosfera fica lá, enquanto a outra parte é absorvida praticamente em partes iguais pelos oceanos e pela ‘biosfera’ terrestre.
A menor capacidade de absorção dos oceanos e da biosfera significa que “a estabilização dos níveis de CO2 na atmosfera será mais difícil de conseguir do que se pensava anteriormente”.

Ver Lusa doc. nº 7626065, 23/10/2007 - 13:27

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