20/01/2008

Financiamento suspeito

A Bragaparques financiou a campanha do PSD em Lisboa, em 2005, embora a quantia apurada (20 mil euros) esteja longe do que seria expectável, tendo em conta os volumes em jogo nas permutas de terrenos. Deste modo, a investigação em curso vai continuar. Quanto a benefícios pessoais, o único caso suspeito é o do administrador da empresa, não havendo, neste caso, indícios específicos contra Carmona, Fontão e Gabriela Seara.
Porém, o caso Bragaparques ainda não terminou. Na investigação ao negócio Parque Mayer/Feira Popular, o Ministério Público (MP) encontrou um donativo de 20 mil euros, dos sócios da Bragaparques para a campanha autárquica do PSD em Lisboa, em Outubro de 2005, para o executivo liderado por Carmona e com Fontão como mandatário financeiro.
O MP detectou este donativo na investigação ao negócio do Parque Mayer/Feira Popular, mas decidiu instaurar um inquérito autónomo, que vai agora realizar-se, por suspeita de corrupção para acto lícito de titulares de cargos políticos ou de funcionários.
O donativo terá sido feito através de um cheque do director financeiro da Bragaparques, tendo-se apurado que o dinheiro veio de dois dos sócios da empresa.
Apesar da proximidade das datas - a permuta de terrenos e a hasta pública que permitiu à Bragaparques ficar com a totalidade dos terrenos da Feira Popular foi em Julho de 2005 e o cheque surgiu um mês depois - o MP considerou que o donativo não estará relacionado com este negócio.

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