22/07/2008

Quinze dias depois do incêndio

O incêndio que deflagrou no passado dia 6 perto da meia-noite destruiu quase totalmente o prédio número 23 da Avenida da Liberdade, restando apenas a fachada, tendo afectado outros edifícios, nomeadamente a cobertura do número 21, cujos residentes, cinco famílias, tiveram de ser desalojados.
Quinze dias depois do incêndio na Avenida da Liberdade, em Lisboa, o cenário permanece quase inalterado, com o entulho amontoado no prédio que ardeu, com a rua e lojas fechadas e as obras por fazer. Desde esse domingo à noite que não se circula de automóvel na lateral da Avenida da Liberdade, no quarteirão onde ocorreu o fogo, e que continua vedado por grades da Polícia Municipal, que ainda vigia o local.
Ontem de manhã, dois elementos da Polícia Municipal mantinham-se nas proximidades do prédio destruído para evitar que as pessoas passem o perímetro de segurança.
O acesso ao parque de estacionamento dos Restauradores, localizado em frente ao edifício afectado continua também encerrado, bem como a sapataria e uma das lojas de viagens instaladas no rés-do-chão de prédios afectados. As duas lojas têm afixados avisos justificativos do encerramento remetendo os seus serviços para outras instalações também em Lisboa, justificando o encerramento “por motivos operativos e de força maior”, lamentando-se o “incómodo provocado pelo incêndio”.
Uma das funcionárias contou que o mês de Julho é normalmente de muita procura, o que não está a suceder actualmente. “Os carros não passam aqui à frente. Há poucas pessoas interessadas, mas muitos curiosos que querem ver o prédio que ardeu”, contou a funcionária. Revelou também que houve necessidade de fazer remodelações nas instalações devido às inúmeras infiltrações causadas pela água depositada pelos bombeiros no combate ao fogo.
No interior do prédio ardido continua a ver-se, tal como há 15 dias, entulho até ao nível do primeiro andar, enquanto ainda não há vestígios de obras no local. O vereador do Urbanismo já anunciou que as fachadas dos edifícios 29 a 33 afectados pelo incêndio da Avenida da Liberdade terão de ser alvo de obras de consolidação, a cargo do proprietário 1.
Duas semanas depois a vida no quarteirão aguarda por uma intervenção; em Lisboa o estio de Verão aperta, e os serviços aparentam apenas ter ido para banhos.

1. Ver Lusa doc. nº 8571240, 21/07/2008 - 12:17

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