13/07/2008

Radares falham na detecção de infracções

A Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados (ACA-M) alega que cinco radares em Lisboa estão avariados desde Abril e que, há um ano, vários outros falham na detecção de infracções em meses diferenciados. Esta posição surge depois de a Polícia Municipal de Lisboa ter divulgado, na 5ª fª, que os 21 radares em Lisboa registaram 80.307 excessos de velocidade no primeiro semestre deste ano, o que traduz uma diminuição de 69,3% face aos 261.770 casos registados no segundo semestre de 2007.
O dirigente da ACA-M referiu, sem precisar a localização, que “cinco radares estão avariados desde Abril”, acrescentando que “desde Julho de 2007” diversos radares “estão a falhar, têm valores '0'”, já que “em meses diferentes não há uma infracção detectada”. Trata-se de alguns dos radares instalados durante o ano passado das avenidas Infante D. Henrique, Ceuta, E.U.A., Gago Coutinho, Descobertas, Marechal Gomes da Costa, saída dos túneis do Campo Grande, da Segunda Circular e da Radial de Benfica.
Para a Associação, a situação demonstra que, “quando há falhas, os radares não são revistos e, quando há avarias, elas não são reparadas” porque “há ausência de um contrato de manutenção” dos equipamentos.
Assinalam que pediram esclarecimentos à autarquia lisboeta sobre os radares avariados e “as recorrentes falhas de transmissão entre os equipamentos e o posto de comando da Polícia Municipal”, adiantando que solicitaram igualmente à Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária informações acerca do “número de coimas que ficaram por processar e por cobrar em 2007 e 2008, relativamente a infracções por excesso de velocidade detectadas”. “Nenhuma coima foi cobrada desde que os radares foram instalados”, considerando “pura propaganda” os números divulgados pela Polícia Municipal 1.
A dúvida é, no entanto, para que serve a localização de alguns radares, quando se sabe que o automobilista afrouxa à sua aproximação, acelerando logo de seguida após a sua passagem. Não existem outros mecanismos e soluções de engenharia rodoviária que obriguem o condutor a conduzir dentro dos níveis de segurança, designadamente, em meios urbanos residenciais? Ou será que o objectivo prioritário é o da mera ‘caça à multa’?

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