10/05/2009

Risco de transmissão de parasitas por meio de dejectos caninos

A Faculdade de Medicina Veterinária, em cooperação com a CML, está a desenvolver um estudo baseado em amostras de dejectos caninos recolhidos em espaços públicos para avaliar o seu grau de contaminação parasitária.
Em comunicado, a CML informa que durante este ano e o próximo, “além de mais colheitas de fezes, estão a ser planeadas colheitas de amostras de solo e vegetação no máximo de locais públicos, em particular os mais utilizados para fins de lazer pelos lisboetas, em particular jardins, de modo a determinar o tipo e grau de contaminação ambiental e verificar o potencial de infecção humana”.
De 2007 para 2008, a percentagem de amostras positivas triplicou o que poderá estar relacionado com “um maior número de amostras pesquisadas ou com um aumento real de animais parasitados fruto, provavelmente, de reinfecções frequentes ou de programas de controlo anti-parasitário pouco eficazes”, refere a autarquia.
A Faculdade de Medicina Veterinária concluiu que, em 2008, na Alameda D. Afonso Henriques, na zona envolvente da Igreja de Santo Condestável, nos Jardins de Belém e da Torre de Belém foram colhidas “amostras positivas de parasitas gastrointestinais potencialmente transmissíveis ao homem”.
Perante estes resultados, a CML mostra-se preocupada com “o facto de os dejectos caninos constituírem, para além de uma das principais causas de sujidade dos passeios e jardins da cidade, um grave problema de saúde pública como consequência da contaminação dos solos”.
Assim, a Câmara decidiu incluir este estudo na actual campanha de sensibilização da população na esfera da limpeza urbana, “apelando à remoção dos dejectos por parte dos donos dos animais, sem cuja ajuda limpar Lisboa será uma missão impossível”.

Ver Lusa doc. nº 9634485, 05/05/2009 - 14:25

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