13/06/2009

Último sono no carro para garantir lugar à borla

São muito poucos os lugares gratuitos em Lisboa. Só os há em zonas periféricas, como Sete Rios, as imediações do Colombo ou a Cidade Universitária, entre outros. Mas, também no centro, há uma ‘ilha’ escondida perto do Marquês de Pombal.
Fazendo contas à vida, e tendo por base um horário das 9 às 18 horas, chega-se à conclusão de que quem vem de fora da capital e quiser estacionar em Lisboa terá de desembolsar uma verba em parquímetro superior a 10 euros/dia. Ou seja, mais de 200 euros mensais.
Uma conta demasiado elevada, à qual há que somar o preço do combustível, e que faz com que muita gente opte por se levantar mais cedo que o necessário para garantir um dos poucos lugares disponíveis na cidade, ou na periferia, onde é possível deixar o carro sem gastar um euro.
Estes casos são tão poucos que há mesmo quem opte por chegar duas horas mais cedo e dormir este tempo no banco do seu automóvel. Este fenómeno é evidente na zona de Sete Rios, onde, em frente ao Jardim Zoológico, ou na parte sul da avenida, sob o viaduto do Eixo Norte-Sul, há ainda parques de estacionamento não taxados. A opção é seguir depois, no metro, para o centro da cidade.
Para os que não estão para madrugar, e não se importam de fazer uma espécie de ‘todo-o-terreno’, também há baldios disponíveis onde cabem mais de centena e meia de automóveis. Este estacionamento pode ser gratuito, mas convém ir amealhando a poupança em parquímetro para a oficina, porque o piso, em terra batida, está cheio de buracos e declives, que não dão ‘muita saúde’ à suspensão dos automóveis 1.
A perplexidade, no entanto, é outra: porque não optam aqueles condutores por se deslocarem diariamente para a cidade em transportes públicos?

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