20/09/2009

Responsáveis dos transportes defendem melhorias na integração entre os modos

Responsáveis e representantes de empresas de transporte rodoviário e ferroviário de passageiros defendem a melhoria na integração entre os diferentes modos de transporte e a adopção de medidas destinadas a desincentivar o uso do transporte individual.
O presidente da Carris afirmou, durante o debate ‘Um Futuro para os Transportes’, que decorreu em Lisboa “há claramente um défice de integração entre os vários operadores”, salientando que, actualmente, cada operador tem “o seu ritmo, a sua agenda, a sua estratégia”, o que conduz a um “desperdício” de recursos.
E deu como exemplo a articulação do serviço da Carris com a rede do Metropolitano de Lisboa para afirmar que as empresas ganham com este tipo de cooperação. “Num curto prazo pode parecer que [com a articulação entre os serviços da Carris e do Metro] estamos a accionar medidas para a transferência de passageiros para o Metro, mas não é assim. Todos ganhamos com a cooperação”.
Já o presidente da CP defendeu, por seu turno, que “nada resiste se não existir integração tarifária, harmonização e integração”. Em Lisboa “apesar da modernização da frota e da infra-estrutura, não houve um acréscimo de pessoas a utilizar os transportes, ao contrário do que aconteceu no Porto, onde há um fenómeno claro de integração modal”. Sublinhou também a importância de haver “boas ligações” às estações e interfaces de transportes.
Para o presidente da Associação Nacional dos Transportadores Pesados de Passageiros (ANTROP), importante seria existir uma melhoria ao nível da integração da bilhética (equipamento para controlo e emissão de bilhetes). Destacou ainda a importância de se pôr em prática medidas destinadas a “restringir” o uso do transporte individual.
Nesta matéria, defendeu mesmo o aumento do preço do estacionamento e do número de vias dedicadas aos transportes públicos.

Ver
www.oje.pt/noticias/nacional/responsaveis-dos-transportes-defendem-melhorias-na-integracao-entre-os-modos

1 comentário:

zé da burra o alentejano disse...

Os parques de estacionamento junto das estações da CP, FERTAGUS, METRO deveriam ser gratuitos para desincentivar a entrada na cidade de automóveis. Mas onde eles existem são caros e, em consequência, vêem-se dezenas de automóveis estacionados por perto, frequentemente em locais inadequados quando existem muitos lugares vagos nos parques de estacionamento especialmente construídos para servirem as estações. É lamentável, mas a verdade é que o preço do estacionamento é relevante quando se considera a sua despesa mensal mais a do passe para o transporte.
Comparam-se frequentemente os nossos preços com os dos outros países da comunidade, não se podem comparar os preços sem considerar os rendimentos médios dos portugueses. Olhar a uma coisa e esquecer outra, revela idiotice ou má fé: os portugueses não são idiotas quando preferem deixar a sua viatura a um canto da estrada, numa rua a trezentos metros de distância ou num terreno baldio em vez da a deixarem no local especialmente concebido para a receberem; o dinheiro que terão que pagar faz-lhes falta. Reparem que não estou a referir-me a quem vem para a cidade de carro mas aos que usam os transportes colectivos.

Zé da Burra o Alentejano