25/11/2009

Relatório da ONU: HIV/Sida em Portugal ainda acima da média europeia

O Relatório aponta para dados ainda algo preocupantes, que precisam de evolução.
Uso de contraceptivos também ainda abaixo da média europeia.
Um caminho longo a decorrer. Esta é uma das conclusões dos dados revelados pelas Nações Unidas esta quarta-feira sobre a situação da população mundial, que apontam para valores ainda pouco satisfatórios em Portugal relativos ao HIV/Sida e uso de meios anticoncepcionais.

A taxa de prevalência do HIV/Sida, por exemplo, é de 0,5 por cento na população entre os 15 e os 49 anos, enquanto que a média da União Europeia se fica pelos 0,2 por cento. Ainda assim, considerando todos os países europeus, os números são exactamente iguais à média global. Atrás de Portugal só ficam a Suíça (0,6), Letónia (0,8), Federação Russa (1,1) e Estónia (1,3).

Quanto à prevalência do uso de contraceptivos, Portugal encontra-se abaixo da média da Europa Ocidental: 67 por cento das portuguesas usam algum método e 63 por cento utilizam métodos modernos, contrastando com a média europeia de, respectivamente, 77 e 74 por cento.

O número de gravidezes na adolescência continua muito superior: por cada mil adolescentes portuguesas dos 15 aos 19 anos, 17 são mães, mais dez do que a média da Europa Ocidental.

Relativamente à mortalidade infantil, Portugal tem os mesmos valores que a Europa Ocidental. Por cada mil nascimentos, morrem quatro crianças. Aliás, este tem sido sempre um ponto em que o nosso país tem apresentado bons resultados.

A esperança de vida para a população portuguesa é de 75,7 anos para os homens e 82,2 para as mulheres, valores aproximados da Europa Ocidental: 77,7 homens e 83,4 mulheres.

O relatório adianta ainda que Portugal passará dos actuais 10,7 milhões de habitantes para os 10 milhões em 2050, o que representa uma diminuição de 6,5 por cento, seguindo a tendência para a Europa Ocidental que deve passar dos actuais 188,2 milhões para os 184,9 milhões. Ainda assim, Áustria, Bélgica, França, Irlanda, Espanha e Reino Unido passarão a ter mais população.

Fonte: IOL Diário Por: Filipe Caetano

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