15/04/2013

Intervenção de Cláudia Madeira, da Comissão Executiva do PEV no Encontro da CDU da cidade de Lisboa



Bom dia Amigos e Companheiros
Em nome do Partido Ecologista «Os Verdes» saúdo os nossos parceiros na CDU, o Partido Comunista Português, a Intervenção Democrática, e todos os independentes.
Uma saudação também à Juventude CDU e uma saudação especial a todos os que juntos fazem da CDU este grande projecto, capaz de unir esforços e onde converge a verdadeira esquerda,  que se empenha no desenvolvimento de uma sociedade justa, com direitos, assente no bem-estar e na promoção da qualidade de vida das pessoas.
Este nosso projecto que não é compatível com o que a troika anda a fazer ao país e ao povo; nem com o que PSD, CDS e PS negociaram com a troika, colocando-nos na situação que hoje vivemos.
Tudo o que se passa pelo país, passa-se também em Lisboa, que tem vindo a empobrecer, do ponto de vista económico, social, cultural e ambiental. E Lisboa tem perdido a sua maior riqueza, que são as pessoas.
Tanto a nível nacional como local, quem são os responsáveis?
PS, PSD e CDS, alternados há quase 40 anos no Governo, e há 12 na cidade.
Portanto, está mais que provado que não serão os responsáveis por esta situação, que a irão resolver, antes pelo contrário.
 Uma coisa é certa, não queremos para a nossa cidade o reflexo do que se passa no plano nacional.
O PS de António Costa não tem conseguido resolver os problemas da cidade, porque não está próximo das pessoas e tem outros interesses que não passam pelos direitos e bem-estar das pessoas. É evidente a falta de resposta aos problemas, que mostram bem a ineficácia do Partido Socialista, que continua a governar apenas para os turistas e para os promotores de eventos, desprezando quem cá está no dia-a-dia.
Do ponto de vista ambiental, Lisboa está mais pobre e o executivo PS insiste em continuar esta degradação, sempre com o apoio do PSD e do CDS.
Podemos pegar nalguns exemplos que são bem esclarecedores das políticas destes partidos:
1 – O Parque Florestal de Monsanto pela importância que tem para a cidade, sendo o “pulmão verde” de toda a Área Metropolitana, e um local de lazer, fundamental para o bem-estar e para a qualidade de vida dos cidadãos, deve ser preservado e valorizado.
Mas infelizmente, ao longo de vários anos temos vindo a assistir continuamente a um vasto rol de atentados a este Parque: o campo de tiro, com impactos muito negativos, como a contaminação dos solos e lençóis freáticos, e o perigo para a segurança das pessoas; a instalação da sub-estação da REN, que obrigou a uma suspensão parcial do Plano Director Municipal e ao corte desmedido de grande número de árvores; e agora, mais um campo de râguebi, dando, desta forma, a CML continuidade a uma política que tudo permite instalar no Parque Florestal de Monsanto.
Monsanto não pode continuar a ser um “banco de terrenos”, sempre disponível para colocar o que mais convém à Câmara, alterando a sua essência, que é a de um espaço verde, público e acessível a toda a população.
«Os Verdes» e a CDU não pactuam com estas políticas que representam um autêntico retrocesso na política ambiental da autarquia.
2 – Sobre os espaços verdes podemos falar da degradação e do abandono, e do facto de não haver uma estratégia, mas também das frequentes propostas que a autarquia tem apresentado com vista a passar para empresas privadas a manutenção destes espaços.
A nossa posição tem sido bastante crítica no que diz respeito a este assunto.
Opomo-nos a esta gestão, e lamentamos que não se aposte os meios humanos dentro da CML. e se opte pela contratação de serviços externos. Estas políticas são insustentáveis e reflectem uma má gestão dos recursos financeiros e humanos.
3 – Sobre a privatização do sector da Água, o Governo pretende retirar por completo a gestão da Água e dos Resíduos às autarquias, que são quem melhor sabe gerir o bem público e quem mais conhecimento e experiência possui, junto das populações.
Querem substituir o serviço público pelo privado, o acesso público e universal, pelo lucro, e o cidadão com direitos, pelo cidadão/pagador.
Aqui, o PS pretende que a EPAL assuma a gestão e a exploração do saneamento em baixa da cidade de Lisboa, o que implicará o desmantelamento de serviços da Câmara. Com isto, não tenhamos dúvidas, está a abrir-se o caminho à privatização de serviços.
É mais um ataque aos serviços e aos trabalhadores do município. E o resultado destas operações tem sido muito claro: a qualidade diminui e os preços aumentam.
Não aceitamos que a água seja tratada como uma mercadoria, ou como um mero negócio e defendemos intransigentemente a sua Gestão Pública. Razão pela qual «Os Verdes» têm neste momento na rua uma campanha contra a privatização da água que vai percorrer todo o país.
4- Sobre a higiene e limpeza urbana tem havido diminuições das verbas e esta é uma área que apresenta insuficiências graves, daí haver queixas constantes por parte dos munícipes. E o mais estranho é que ao mesmo tempo que reduzem esta verba nos orçamentos, dizem que a aposta na limpeza e higiene urbana continua a ser um dos seus objectivos.
Companheiros,
sobre todos estes assuntos e muitos outros, sobre tudo o que afecta a vida das pessoas, os autarcas da CDU têm apresentado propostas e muitas delas são aprovadas, mas o executivo tarda em executá-las.
A CDU, na Câmara Municipal, na Assembleia Municipal e nas freguesias tem defendido o que é melhor para as populações.
Estas propostas, sendo implementadas, constituiriam um importante passo no desenvolvimento da cidade e na melhoria da qualidade de vida das pessoas que cá vivem, trabalham ou estudam.
Companheiros e amigos,
a CDU é a única força política capaz de ter um papel determinante na promoção e defesa da qualidade de vida, da qualidade do ambiente, em favor do ordenamento do território e de soluções sustentáveis do ponto de vista ambiental, social, económico e cultural.
“Pensar Global, Agir Local” tem sido sempre a nossa forma de actuar, porque o poder local é um instrumento fundamental na procura de soluções e alternativas às formas de desenvolvimento que dominam o mundo de hoje.
Nesta altura particularmente difícil, a nossa intervenção enquanto autarcas é ainda mais importante.
Hoje, mais do que nunca, temos a responsabilidade de mostrar que há alternativa a estas políticas e que é possível uma mudança que vá ao encontro dos legítimos interesses e expectativas das pessoas, cujos direitos mais elementares estão hoje efectivamente postos em causa.
Pautando-se por uma postura de trabalho, honestidade e competência, a CDU tem dado um excelente contributo para o desenvolvimento local e é um exemplo prestigiante para o Poder Local e para a dignificação da Democracia.
O Poder Local Democrático, assente nos ideais e nos valores do 25 de Abril, é indissociável do trabalho dos candidatos e dos eleitos da CDU.
Este Encontro da CDU da Cidade de Lisboa mostra exactamente isso. Por um lado, vem confirmar o vasto e notável património construído pela CDU; por outro, representa o nosso compromisso colectivo com a cidade, e a certeza de que juntos vamos melhorar a qualidade de vida no nosso concelho.
Amigos e companheiros,
Sairemos reforçados deste encontro, decididos a fortalecer o nosso projecto, para mais uma vez enfrentarmos um desafio eleitoral com muita confiança na CDU, a melhor escolha das populações.
Pela nossa parte, «Os Verdes» continuarão empenhados em contribuir para uma sociedade mais justa, para uma Lisboa mais desenvolvida, humanizada e sustentável, a Lisboa que merecemos.
As próximas eleições autárquicas, que vão decorrer em circunstâncias muito particulares da vida nacional, serão um momento de mudança e esperança.
Lisboa precisa de autarcas com um projecto diferente e que sejam alternativa.
Lisboa precisa de autarcas CDU!
Lisboa pode contar com a CDU!
Viva Lisboa!
Viva a CDU!

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