08/03/2016

Património da extinta EPUL


Enquanto existiu durante mais de 40 anos, a EPUL realizou um trabalho mais do que meritório para a urbanização da cidade, e basta recordarmo-nos das urbanizações em Belém, Carnide ou quase 100% do bairro de Telheiras e Alto da Faia. A EPUL configurava um instrumento de urbanização com custos controlados na cidade, que prometia não só equilibrar o desenvolvimento urbano, mas também um meio de regulação do mercado, impedindo fenómenos de livre especulação com o valor dos solos.
A CML já reconheceu que ela “ficou ferida de morte, entre 2002 e 2004, com os projectos dos estádios, com o negócio do Vale de Santo António, com as intervenções no Parque Mayer, no Triângulo Dourado em Alcântara e, principalmente, com o Martim Moniz”.
Ora, de acordo com o Relatório de Liquidação da empresa, datado de Abril do ano passado, o seu património total fora avaliado em 112,4 milhões, tendo cerca de 4,8 milhões sido considerado como não alienável. E já em 2016, a gestão de cadastro municipal referiu-se à integração do património da extinta EPUL no inventário municipal de bens.
O que “Os Verdes” pretendem ver esclarecido é qual a tipologia, a localização e a extensão desses bens. Pelo que as questões a colocar são então as seguintes:
Qual o volume dos bens patrimoniais que transitaram para a propriedade da CML? Poderá ser remetida a esta AML uma listagem desses imóveis e terrenos, alguns deles ainda para venda pelo município? Em quanto importará à CML a sua manutenção? Finalmente, pondera o executivo transferir alguns desses bens, tanto imóveis como terrenos, para a gestão das Juntas? Se sim, quais em particular serão prioritários? E quando seremos informados do agendamento dessa transferência?


Sobreda Antunes
Grupo Municipal de “Os Verdes

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